Uma denúncia anônima chegou aos
membros da ONG SABIÁ DA MATA, deixando-nos tristes, porém não surpresos, pois
estamos acostumados a ver crimes ambientais passar “despercebidos” e impunes.
O fato é que, em Bonito,
tornou-se prática corriqueira a derrubada de árvores frutíferas para abastecer
os fornos à lenha, principalmente das granjas (aviários) com a finalidade de
aquecer as criações de frangos de corte da região. Os desmatamentos estão
ocorrendo, sobretudo, nos sítios MAXIXE, IMBIRIBEIRA, QUILONGÁ E VIRAÇÃO.
As árvores das anexas fotos são
cajueiro e mangueira, imensos e cheios de frutos em desenvolvimento.
Além de ser crime ambiental, a
derrubada de árvores frutíferas é uma transgressão à anexa Lei Municipal
353/90, a qual ficou conhecida como Lei José Augusto, em homenagem ao seu
mentor, que era agrônomo e professor do Município de Bonito e sempre tinha a
defesa do meio ambiente em seus discursos.
Se o homem fosse juiz de sua
própria consciência, à luz dos ensinamentos de amor ao próximo deixado por
Cristo, não precisaria de leis para regular as condutas sociais. O pior é que
além de não haver consciência, inexiste fiscalização e consequentemente há o
descumprimento das leis, sinônimo de impunidade.
Por ironia do destino, antes da redação da ementa da Lei supracitada,
há a frase: “Bonito, um jardim suspenso
entre o agreste e a mata”. Ora, se a vida humana está se tornando banal,
imagina meio ambiente (...). Talvez um dia daremos valor ao meio ambiente
quando o “jardim suspenso mencionado pelos legisladores bonitenses à época
virar prolongamento da caatinga do castigado sertão. Aliás, a caatinga também
está sendo devastada no sertão. O que será então de nós? O homem é o Lobo do próprio
homem!
ONG Sabiá
da Mata. Bonito, 16 de janeiro de 2013.
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