domingo, 28 de outubro de 2012

SERRO AZUL: UM MAR DE ROSAS OU DE POEIRA?

Muitos insurgiram-se ou olharam atravessado em relação à campanha encabeçada pela Sabiá da Mata e os cidadãos que tinham a mínima noção das consequências que seriam trazidas pela Barragem de Serro Azul.
Hoje, o maior testemunho do desprezo são as próprias vítimas da região de Serro Azul. Segundo informações de moradores da área, a maioria da mão de obra empregada na obra é da cidade, ou seja, as pessoas que foram despejadas de suas casas e suas terras estão na miséria, pois não contam nem com a agricultura de subsistência. 
Ainda chegaram informações que o "negociador" das desapropriações utiliza tons de ameaça para forçar os moradores a aceitarem qualquer valor referente ao preço da indenização. A detonação das rochas com dinamite ocorre sempre ao meio dia, horário sagrado de almoço das pessoas: além do insuportável barulho, os moradores são obrigados a conviver com a poeira que parece não ter fim.
Os poucos que receberam a "fortuna" da indenização migraram para outras cidades e se eram considerados pobres, atualmente são miseráveis, sem casa, renda e sossego.
Deram um tom político à nossa campanha contra a forma como foi imposta a Barragem de Serro Azul, sem audiência pública em Bonito; sem a mínima garantia das compensações ambientais e sem proporcionar aos moradores da região a prévia e justa indenização. Tudo acontece como previsto ou até pior: "a corda arrebentou, como sempre, do lado mais fraco".
É agora, José?...